A apicultura com Apis dorsata: alguns factores que afectam a ocupação das vigas pelas abelhas

SUMÁRIO

A abelha gigante, Apis dorsata, constrói o seu ninho de pente único ao ar livre. As colónias são defensivas e demonstram migração sazonal. Por isso, a domesticação desta espécie na forma como foram domesticadas as abelhas melíferas nidificadoras A mellifera e A cerano, foi considerada impossível. Entretanto, em algumas áreas de floresta de Melaleuca no Vietnã, os apicultores usam um método tradicional para atrair colônias de A dorscrto que chegam à área para construir seu ninho sobre jangadas, que foram criadas antes das árvores de Melaleuca começarem a florescer. Esta técnica permite aos apicultores colher mel duas ou três vezes por estação na mesma colónia sem destruir as abelhas e os favos das abelhas. Nem todas as travessias se tornam ocupadas por colónias. Um apicultor experiente pode conseguir ter 60% das suas traves ocupadas por abelhas, mas a ocupação pode ser muito inferior. Para saber que factores influenciam a ocupação por A dorsata, foram examinadas 507 jangadas (ocupadas e não ocupadas com abelhas) em 1993 e 1994. Devido a variações sazonais, os dados foram registados separadamente para as épocas seca e chuvosa. Foram registados a direcção, o diâmetro, a inclinação da viga e o tamanho do espaço aberto em frente da viga. A ocupação percentual foi maior (84,9% e 91,7% nas épocas seca e chuvosa, respectivamente) para vigas com espaços abertos grandes (> 25 m de diâmetro) na frente delas. A ocupação percentual aumentou significativamente com o diâmetro da viga na estação seca, e acompanhou esta tendência, mas não foi significativa, na estação chuvosa. O ângulo de inclinação da viga mais bem sucedido da horizontal variou entre 27° e 33,9°. Descobrimos que os apicultores enfrentavam as suas traves principalmente numa direcção entre o nordeste e o sudeste, embora a direcção não parecesse afectar a ocupação percentual por A. dorsata.

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