Uma recente revisão publicada na Clinical Anatomy destaca evidências de que o clítoris feminino é importante para a reprodução.
A revisão observa que estimular o clítoris ativa o cérebro para causar uma combinação de mudanças no trato reprodutivo feminino que cria sua prontidão para receber e processar espermatozóides para conseguir uma possível fertilização do óvulo. Estas incluem um aumento do fluxo sanguíneo vaginal, um aumento da lubrificação vaginal, um aumento do oxigénio vaginal e da temperatura e, mais importante ainda, uma mudança na posição do colo do útero, a entrada do útero. Esta alteração afasta o colo do útero da piscina de sémen e impede que o sémen viaje demasiado depressa para o útero, permitindo assim que os espermatozóides se tornem móveis e activados para fertilizar o óvulo.
Por isso, o clítoris tem funções tanto procriadoras (reprodutivas) como recreativas (de prazer). A remoção do clítoris – que é realizada em alguns países e culturas – cria não apenas uma deficiência sexual, mas também uma possível deficiência reprodutiva.
“O mantra, frequentemente repetido, de que a única função do clítoris é induzir o prazer sexual, está agora obsoleto”, disse o autor da revisão, Roy Levin, MSc, PhD. “O conceito muda uma grande crença sexual, e a evidência fisiológica é agora óbvia”,