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O diabetes tipo 1 resulta de um defeito na secreção de insulina, levando a níveis elevados de açúcar plasmático ou glicose e distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Complicações podem afetar os olhos, rins, nervos e o sistema cardiovascular. O diabetes tipo 1 pode ocorrer em qualquer idade e é uma das doenças crônicas mais comuns da infância e adolescência. A diabetes tipo 1 tem grande impacto no estilo de vida do indivíduo, bem como de suas famílias. Como não há cura ou prevenção para a diabetes tipo 1, é necessária a reposição de insulina ao longo da vida e a monitorização dos níveis de glicose no sangue. É vital que regimes eficazes de tratamento com insulina estejam disponíveis para um gerenciamento ideal e para minimizar a flutuação da glicemia (conhecida como níveis muito baixos ou muito altos de açúcar no sangue – hipoglicemia ou hiperglicemia).

O tratamento com insulina pode ser na forma de terapia ‘convencional’ de múltiplas (normalmente quatro) injeções por dia ou infusão subcutânea contínua de insulina. A infusão contínua subcutânea de insulina envolve a ligação (via cateter no exterior do corpo) a uma bomba de insulina que está programada para fornecer insulina de acordo com as necessidades do indivíduo, e as doses são ativadas pelo indivíduo para cobrir refeições e corrigir a flutuação da glicemia. Aqui nós exploramos se a infusão contínua subcutânea de insulina é melhor que três ou mais injeções de insulina por dia para um bom controle do diabetes tipo 1.

Vinte e três estudos randomizaram 976 participantes com diabetes tipo 1 para infusão contínua subcutânea de insulina ou injeções múltiplas. Sete dos 23 estudos foram realizados em participantes com menos de 18 anos de idade e os restantes foram realizados em adultos. A duração do estudo variou de seis dias a quatro anos. O conjunto de evidências sugere que a infusão subcutânea contínua de insulina pode ser melhor do que múltiplas injeções para controle glicêmico em pessoas com diabetes tipo 1; a infusão subcutânea contínua de insulina parece não oferecer nenhum benefício para reduzir eventos hipoglicêmicos não graves. Estudos futuros precisam considerar os efeitos adversos a curto e longo prazo, mortalidade, morbidade e custos dessas intervenções.

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