Propósito: Avaliar a terapia de ensaio de imagens para o tratamento de pesadelos crónicos numa amostra de raparigas adolescentes.
Métodos: Meninas adolescentes com idades entre 13 e 18 anos foram recrutadas na escola Wyoming Girls School em Sheridan, Wyoming (grupo de tratamento, n = 9; grupo controle, n = 10). Estas raparigas tinham anteriormente sofrido uma elevada prevalência de experiências sexuais indesejadas na infância e adolescência e, portanto, muitas delas sofreram de pesadelos, queixas de sono e sintomas de stress pós-traumático. A terapia de ensaio de imagem foi realizada em um workshop de 1 dia (6 horas). O ensaio de imagem consiste em três etapas, todas elas realizadas no estado de vigília: (a) seleccionar um pesadelo, (b) “mudar o pesadelo como quiser”, e (c) ensaiar as imagens da nova versão (“novo sonho”) 5 a 20 minutos por dia. Os participantes do controle não receberam nenhuma intervenção.
Resultados: Na linha de base, estas raparigas sofriam de pesadelos, em média, há 4,5 anos, e relataram ter tido 20 pesadelos por mês, que ocorreram com uma frequência de pelo menos um pesadelo de duas em duas noites. Aos 3 meses, a freqüência de pesadelos avaliados retrospectivamente, medidos em noites por mês, diminuiu 57% (p =,01, d = 1,4) e medidos em pesadelos por mês diminuiu 71% (p =,01, d = 1,7) no grupo de tratamento, em comparação com nenhuma alteração significativa no grupo controle. Não foram observadas alterações significativas nas medidas de sono e transtorno de estresse pós-traumático em nenhum dos grupos.
Conclusão: A terapia de ensaio por imagem foi uma opção de tratamento eficaz para pesadelos crônicos nesta população adolescente julgada.