Extendendo-se pelo Sul e Sudeste da Ásia e englobando cadeias de montanhas no Afeganistão, Bangladesh, Butão, China, Índia, Mianmar, Nepal e Paquistão, a região do Himalaia Hindu Kush é conhecida como o “Terceiro Pólo” devido às suas gigantescas massas de gelo e neve. Só o Hindu Kush Himalaia é a fonte de dez grandes sistemas fluviais e a jusante 1,4 bilhões de pessoas – um quinto da população mundial – dependem de bens e serviços vitais do ecossistema da cordilheira, incluindo água, alimentos e energia.
A mudança climática representa riscos significativos para as pessoas no Himalaia Hindu Kush, onde as altitudes elevadas têm sofrido um aquecimento sério, que em algumas áreas é três a cinco vezes maior do que a média global. Em geral, a neve e as geleiras estão derretendo, e tem havido um aumento no número de eventos extremos, como inundações e secas, que por sua vez exacerbam a pobreza e a insegurança alimentar. O Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD) é um centro regional intergovernamental de aprendizagem e partilha de conhecimentos que serve os oito países membros regionais dos Himalaias Hindu Kush – Afeganistão, Bangladesh, Butão, China, Índia, Mianmar, Nepal e Paquistão – e está sediado em Katmandu, Nepal
As montanhas da Ásia Central estendem-se através do Cazaquistão, República do Quirguistão, República do Tajiquistão, Turquemenistão e República do Uzbequistão, onde a maioria das comunidades de montanha ganha a vida cultivando cereais e vegetais, recolhendo produtos florestais e pastando gado em uma ampla gama de pastagens. Quase 90 por cento da população da Ásia Central depende da água que cai nas montanhas. No entanto, o aquecimento global está derretendo as geleiras de montanha e afetando as reservas de neve. As tensões entre os países de terras altas e baixas muitas vezes centram-se nas questões de acessibilidade energética e uso de água.
Montanhas em outros lugares do Sudeste Asiático e do Pacífico são particularmente ricas em biodiversidade, mas são frequentemente incorporadas nas políticas e programas nacionais para florestas e outros recursos naturais. Como resultado, os povos indígenas de montanha da região, que possuem habilidades comprovadas ao longo do tempo na conservação dos ecossistemas de montanha tropical, permaneceram na sua maioria marginalizados e excluídos dos processos de desenvolvimento, recebendo benefícios limitados das florestas, água e recursos minerais que as montanhas contêm.